quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Pensamento de outrem



DAVID MOURÃO FERREIRA, in INFINITO PESSOAL OU A ARTE DE AMAR, (Guimarães Ed., 1963)
TERNURA
Desvio dos teus ombros o lençol
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada
Olho a roupa no chão que tempestade!
há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio…
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
*
Imagem de ©Alex Alemany
*

Faz anos que Zeca Afonso nos deixou...



 Ele deixou-nos mas a sua presença é uma constante.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Há momentos especiais.


Há instantes de uma riqueza imensa, de uma magia palpável, feitos de silêncios, de sorrisos, de palavras tantas vezes murmuradas e sempre novas. De olhares cúmplices. 
Hoje aconteceram, à hora do chá.